quarta-feira, 7 de outubro de 2009

É dia de azar, brodão.

Como meu irmão comentou no blog dele ontem, o dia foi foda. Ontem o dia foi foda. Nada de alegria, grude carinho e sorte. A onda de azar foi generalizada, e eu não sou supersticiosa... Mas em dias como esse eu poderia sair com um pé de coelho, trevo da sorte... Ou até mesmo com um colar de alho espanta-vampiro. Acontece que ontem foi um desses dias onde nada dá certo, e nem comida, coca-cola e bono te animam. Foi simulado do ENEM, eu estava bem segura. Meu nome do meio é segurança, porra. (Zé pequeno feelings.) Mas segurança pra mim é borrar as calças, então não se assuste com os fatos esdrúxulos que irão se suceder nesse post de mau gosto. Cheguei ao colégio mais cedo do que eu previa... A prova era às 7h30min e eu já estava batendo ponto no colégio umas 6h40min, porque meu pai me levou pro colégio... Com ele não tem lenga-lenga, nhénhénhé e mimimis. Acordar, arrumar, zarpar. Uma cólica filha de Santo Estebão (santo de minha criação) me acompanhava no caminho seguida de uma gripe fodida e catarrenta. Era o meu dia. Chegar ao colégio cedo é sinônimo de tempo pra dormir... Mas dormir em dia de prova complica. Eu fico goiabona. Baixa o Hebert Vianna em mim, sabe como é... Resultado: menininha coloca a mochila em cima da mesa do pátio, menininha arruma uma melhor posição pra cabeça, menininha apaga .Menininha apagou e se só acordou quando a galera barulhenta começou a chegar no colégio. Respeita a menininha dormindo. Ninguém respeita, malditinhos! Daí tive que acordar. A mesa agora estava lotada de amigos, não era mais eu e Andreza... A galera vindo perguntar conteúdo e eu com a carinha amassada na pegada do that’s ok não conseguia responder nada. Quando baixa o Zé de Olaia, é difícil de sair. (Explico a pegada do Zé de Olaia depois, isso é coisa de dona Mom.) Então, a vida é bela, a voz da mulher que anuncia que os portões estão abertos no microfone do colégio, também. Peguei meu mascote tão explorado e fui pra sala de provas. O portão estava fechado ainda. Um calor, uma união do grude, uma coisa pavorosa. Mascote estava botando as tripas e todo o resto pra fora... Fomos pegar um ar fora daquele ambiente quente e sujeito a infecções virais. Pra que demônio a gente foi sair dali? Vi a cantina e fazendo valer a condição de gordinha fui correndo comprar alguma coisa pra comer, satisfazer meu apetite voraz durante a prova. Comprei um laka, um ruffles de churrasco e uma água. Dei-me por satisfeita... Mas quando eu vi um pessoal comprando refrigerante pra levar pra prova. Aí não deu camarada. Libertei meu lado invejoso e trombadinha: eu quero refrigerante também! Troquei minha água por um refrigerante e paguei a diferença. Daí fui pro inferno do corredor onde ficam as salas... O corredor estava mais congestionado do que o meu nariz, informação não requisitada. I know. Tudo parecia festa com meu refrigerante camarada na mão, mas nem tudo era festa. Eu fui parar na sala seis. A sala dos supostamente inteligentes e gente inteligente não leva refrigerante pra sala de prova. Ninguém me avisou isso, como eu sou mongol. Eu era a única pessoa na sala com uma trouxa de coisas pra comer e um refrigerante na mão. Constrangedor, caro leitor. Constrangedor. Comentei com Ananda:
- Essa porra vai fazer barulho... Eu sou a única com refrigerante. Todo mundo vai olhar pra mim.
Entre espirros, e fungadas profundas eu levantei minha cabeça e notei que uma das fiscais de prova era minha professora Graziela (não a Massafera, imbecil) de biologia. Loira, linda, um raio de sol... Balbuciou pra mim, mas a sua voz não acompanhou seus lábios:
- Linda! Linda!
Era a piada, né? Eu descabelada, gripada, com uma cara azeda... Linda? No way. Mas eu te perdoo, Grazi. Você consegue ser linda até com dor e cara feia. Passou-se o tempo e eu resolvendo minha prova com calma, justamente a prova de biologia. O tempo continuava insistente e eu não percebi ninguém comendo. Mas eu sou uma pessoa de atitude e iniciativa. Abri minha latinha de refrigerante e todos olharam obviamente. Grazi pronunciou-se novamente, mas dessa vez a voz acompanhou os lábios vermelhos.
- É uma cerveja!
Todos riram e olharam pra mim novamente, claro. Já estava suja e encardida, então abri meu pacote de ruffles na marra. Mas mastigar foi uma tarefa difícil, eu superei. Só que agora eu tinha um problema: como limpar a mão suja? Como? Pra minha sorte (a única sorte do dia) deu o horário de ir ao banheiro na exata hora em que eu acabei de comer. Lavei minha mão e catei uns papéis-toalha para meus espirros de esquilo esquizofrênico. Continuei espirrando e fungando. Eu e mais uns dez. Era foda de se concentrar, entrei na sala dos contaminados. Foi isso até o fim, espirros, secreções... E eu empacada na prova. Saí da sala arrasada de cólica e gripe. Desmarcaram a reunião do grupo de roteiro do meu trabalho e eu fiquei lá no colégio mofando um pouco. Encontrei a gêmea loira e grudei nela até a hora de ir embora... Até trote pra casa dela eu passei. Coisa linda. Pra terminar com chave de ouro eu desbandeiro pra casa. Depois do rotineiro ataque canino do meu cachorro, abri o guarda-roupa e... POW! Pu-ta que pariu! O frasco de perfume de toneladas caiu em cima dos meus dedinhos. O engraçado é que eu estava morrendo de dor e minha avó me perguntando sobre a bancada do computador:
- Ta bom, Nu? Eu consertei a bancada.
- Ta ótimo, v.... Caralho que dor.
- Quê?
- Dor.
- É o quê?
- É d-o-r, porra.
Minha primeira reação é correr pela casa gritando, eu corri pela casa. Mas não estava gritando. Só xingando. Inferno de dia. Nada de bom na TV, House me fez chorar, e a noite foi deprê. O dia foi um pouco melhor hoje, mas continuou sarnento. Faz parte do ciclo. Dias bons e ruins... E algumas histórias pra contar.

3 comentários:

  1. Fazer prova com o vírus do ebola é uma estratégia amplamente disseminada em países dos balcãs para eliminar concorrentes.
    Alguns você derruba no psicológico.
    Outros, na gripe mesmo. Armas químicas, psicológicas e biológicas.

    Cada um vai pra guerra con as arnas que tem.

    ResponderExcluir
  2. Eu opto pelas armas psicológicas. Ninguém come um salgadinho dentro de sala que nem eu. É coisa de louco. É coisa pra desconcentrar.

    ResponderExcluir
  3. O pior foi o ataque canino de Bob, mas o pow puta que pariu do perfume também foi ótimo...kkkkkkkkkkkkkkk

    ResponderExcluir