segunda-feira, 14 de junho de 2010

Maybe I'm amazed....

E eu não preciso dizer nada mais:

domingo, 13 de junho de 2010

A linha tênue, cara Lady Gaga.

Pra início de conversa não é sobre o meu Alejandro, com esse não há problemas de revolucionar. Daqui sairá uma miscelânea de opiniões sobre o assunto, porque eu não tenho apenas uma, mas sim várias. Todo mundo conhece a Lady Gaga, suportando ou não... Tem gente que não entende o sucesso, tem gente que adere ao modismo. Não sei em qual das partes eu estou. Me lembro de ter tido uma resistência enorme no início com relação a isso: puta loira, aprendiz de Madonna, rapa de Britney Spears com cabelo de Cristina Aguilera. Não conseguia dar credibilidade a uma musica como “Poker Face” apesar de repetir sempre o refrão... Fazia tempo que eu não repetia tanto um refrão desde “Bom-chi-bom-chi-bom-bom-bom”, não lembro o nome da música, mas o refrão se resumia a isso. (Meu lado disléxico adora esses fraseados com repetição, é quase como feriado em dia de semana.)
De tanto repetir o refrão, me interessei em conhecer. Me surpreendi, ou não. Não sei ao certo. Só sei que Lady Gaga passou a fazer parte da playlist, quase uma ofença a Lady Ella Fitzgerald que estava na mesma playlist. Tem horas que pensar cansa demais, então a gente abdica de toda a parte ideológica da coisa e parte pro abraço, tira um dia de diarista e faz aquela faxina na casa ao som de Lady Gaga, sonhando que a vassoura seja o Alejandro, o Fernando ou o Roberto. Recuem do lado ambíguo disso, vocês não tem jeito...! O grande dilema relacionando a cantora, pra mim, veio com o clipe de uma das minhas músicas preferidas dela:



Tem quem não goste da música, eu adoro... I Love repetitions! O problema foi o clipe... Existe uma linha tênue que separa o ridículo do revolucionário. Existe uma maldita linhazinha que tornou a composição desse clipe uma gafe musical, visual e, no modo mais abrangente, cultural. Pra começar eu tive vontade de mandar uma caixa de bombons com a seguinte mensagem para a cantora: “Querida, você não é o Michael Jackson!”. Oito minutos e 44 segundos me deixaram so tired, que eu prefiro nem comentar. Tive vontade umas mil vezes de fechar a aba do clipe e ir ver outra coisa... O que me prendeu foi a vontade de ser surpreendida no próximo segundo. Nem isso! Um clipe totalmente previsível e clichê durante oito minutos da minha vida.... Nesse tempo eu devoraria um Cheddar da Mcdonalds sem esforço, você que é gordinho como eu, sabe disso.
Outro ponto importantíssimo: esse negócio de usar terço e se vestir de freira é completamente last week. Hoje em dia ninguém mais respeita a igreja, nem mesmo os membros dela. Acredita-se em Deus, mas a idéia de igreja está afundando lentamente com o passar das gerações. Isso até me dá esperanças que um dia o mundo seja melhor, mais crítico, mas isso é assunto pra outras conversas. No mais, esfrega esfrega em clipe é até bom, mas quando é demais, fica forçado, ultrapassa.Quanto a liberdade de opção sexual, conheço gente que já fez melhor no intuito de revolucionar. Acho muita graça desse conceito glam envolvendo a Lady Gaga. Só pra fechar: achei o clipe um desastre, mas nos meus dias de faxina continuarei ouvindo. Quem mais sofre, é quem pensa demais.

¿Hola, que tal?

Mudando de layout loucamente, mas agora acho que estagnei. Não é mais tão sujo, mas isso aqui nunca será um blog de menininha, estamos combinados? Posts sangrentos virão, por hora eu deixo vocês com um aperto na costela porque o tempo está escasso.

sábado, 5 de junho de 2010

Presságio para a lua.

Em frente ao espelho, penteou os cabelos questionando-se sobre a mágoa que agora carregava dentro de si. Não sabia em que lugar ao certo, se na cabeça, se no coração, se nos pés. Não sabia onde doía estar incompleta, por isso agarrava-se em seus próprios braços, estes não a decepcionariam. O que mais doía era não entender a mágoa. Levantou-se até a janela, farta daquela noite, daquela ligação, daquelas vozes que vinham da sala e da cozinha. Um momento de introspecção para tentar compreender-se. Não conseguiu. Era preciso desfazer os nós para então tecer os fios do seu inconsciente.
A casa, a insegurança, a janela. Preferiu entender a mágoa como um oceano. A tal mágoa era azul, tinha um gosto salgado... Não se via um fim, mas se sabia que do outro haveria terra. Haveria terra ao fundo e ao horizonte, o difícil era entender que até mesmo o naufrágio a levaria a algum lugar. Parecia tão perdida.

Perdida.

Perder-se.

Perdoa-se.

Só acharia o perdão se encontrasse a culpa e ao encontrar a culpa não conseguiu se desfazer dos princípios antigos que faziam com que abdicasse do perdão e abraçasse o vazio. O vácuo. Sem gravidade, optou pelo que na Terra seria gravitacionalmente inverso: agora era seu coração quem exercia peso sobre sua cabeça. Era como caminhar sob a lua.