sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Uma nota sobre o Desdém.

Essa pequena coisa, inútil coisa que aflige os corações, o corpo, a alma. Uma doença degenerativa que vai secando tudo, até que a ultima flor em um jardim murche, até que a última palavra molhada seque. Esse pequeno grande monstro chamado desdém que se apossa de um coração que outrora foi gentil, que transforma em sombras os campos ensolarados por onde passa. E o que começou? Porque começou? Com o que começou? Antes era promessa, hoje já é pó que voa cada vez mais longe em um horizonte tão extenso que meus olhos pequenos não conseguem alcançar. Tua força tem essa capacidade? De desfazer as palavras, de trazer a tona o lado ruim das pessoas? Oh, Desdém eu nem sei porque, mas desde que vi tua face pela primeira vez, aprendi a não me espantar mais. E armo bem com meus planos o dia em que irei te dilacerar em carne viva, arrancar todos os seus membros até todo o mal se esvair. A ferida aberta em meu coração só pode ser estancada com o sangue teu, maldito Desdém.