sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Cavaleiro andante.

Vagando na noite sem rumo, parou na esquina mais suja.
O gim já não tinha o mesmo gosto. Nada era igual.
Compartilhou devaneios com quem queria seu bem e o seu mal.
Não sabia distinguir inimigos, muito menos discernir o que era.
Cavaleiro andante montado em uma garrafa de gim.

Saiu do bar trocando os passos, montando os laços.
Sua armadura de pedra continha as lágrimas secas.
Lágrimas de um amor que não viveu.
E todo cavaleiro tem sua dama a defender...
Nem damas, nem xadrez. Ele não tinha mais nada.

A prosa cansou-se, o verso calou-se. E a poesia muda se fez.
Num triste apagar de luzes olhou para dentro de si...
Encontrou a dor pungente, a dor pelo nada... Que era e estava.
Triste cavaleiro andante sem rumo numa esquina sombria.
Quem pagará sua bebida no próximo bar?

O dinheiro acabou, a dor se findou com o fim da vida.
É, meu Caro Cavaleiro... Porque ficou preso na angústia ao invés de seguir a vida?



Ps - Não tenho costume de expor esse tipo de texto, apesar de possuir um arsenal ideológico guardadinho em meu caderno... Capaz de gerar tensões mundiais e tudo mais. Gosto mais de uma pegada de enfiar o dedo na ferida e rir da desgraça alheia, mas dedico essa poesia de merda ao Pequeno Poeta, que tanto me apoia e me ajuda... Sinta-se abraçado por pobres palavras de uma Pequena Plebéia.

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